Lixo orgânico e inorgânico: entenda a diferença no descarte de cada resíduo
O processo de descarte de lixo em muitas cidades e condomínios é feito em contêineres: as pessoas jogam sacos dos resíduos em imensas caçambas, que depois serão levados pela empresa coletora responsável. No entanto, para incentivar a coleta seletiva, muitos locais adotam a conteinerização seletiva. Com isso, há caçambas diferentes para lixo orgânico e inorgânico.
Mas como isso ocorre? Qual a finalidade de separar lixo orgânico e inorgânico? Qual a diferença entre cada tipo de resíduo? Confira neste post:
Qual a diferença entre lixo orgânico e inorgânico?
O lixo orgânico é aquele de origem animal ou vegetal: restos de comida, cascas de frutas e sementes, por exemplo. Como são da natureza, voltam para ela com muito mais rapidez: o processo de decomposição pode durar dias. É por isso que frutas, por exemplo, apodrecem com tanta facilidade.
Já o inorgânico, também chamado de sólido, é o proveniente de trabalho humano, como o plástico, o vidro e o papel. Eles são os grandes responsáveis pela poluição que assola as cidades. Além da maior parte ser descartada incorretamente, seu processo de decomposição é extremamente lento. O papel, por exemplo, é mais rápido: pode demorar de 3 a 6 meses. Já o vidro pode demorar mais de mil anos.
Por isso mesmo, o processo de reciclagem desse material é mais que necessário, mas, infelizmente ainda é muito escasso no Brasil. Para se ter uma ideia, 79 milhões de toneladas de lixo foram produzidas pelos brasileiros apenas em 2018, mas, até 2016, apenas 13% desse montante era reciclado.
Um dos motivos é o alto custo para a coleta seletiva quando comparada à convencional, já que, no primeiro caso, o caminhão não compacta o resíduo, o que diminui sua capacidade de armazenamento. Além disso, as boleias não voltam cheias. Porém, o que parece mais econômico só funciona em curto prazo: anualmente, o Brasil perde mais de R$ 3 bilhões por não investir em reciclagem.
Como eles são divididos no processo de coleta seletiva?
Em cidades com ecopontos ou pontos de entrega voluntária (PEV), existe a coleta seletiva — o cidadão leva seus resíduos em sacolas separadas: uma para resíduos orgânicos, outra para inorgânicos.
Nem todo o material inorgânico será reciclado. Lâmpadas, espelhos, pilhas e baterias passarão por outro processo e não devem ser levados aos PEV, enquanto caixas de papelão, vidros, brinquedos de plástico e latinhas de refrigerante poderão ser reaproveitados. No entanto, o cidadão já ajuda quando separa o lixo sólido do orgânico.
Nos PEVs, o mais comum é que haja um contêiner para orgânicos e outro para inorgânicos. Já nos ecopontos, há mais opções: o indivíduo poderá levar sacolas com itens de papel, plástico, metal e vidro para colocar em contentores separadamente. Alguns até aceitam pilhas e baterias.
O lixo orgânico já terá um destino diferente: ele pode ser transformado em adubo, num processo chamado de compostagem, capaz de transformar esse resíduo em húmus. Porém, ele também pode ser usado como biogás, um biocombustível que pode ser utilizado em redes de gás natural como combustível veicular e em usinas termoelétricas.
Assim, o local ideal para o descarte desse tipo de resíduo é o aterro sanitário.
Entendeu a importância da conteinerização distinta de lixo orgânico e inorgânico? Veja agora qual tipo de lixeira de reciclagem é mais viável para cada local da cidade!