Benefícios da coleta seletiva para o meio ambiente
Os benefícios da coleta seletiva são muito conhecidos por quem lida com resíduos sólidos diariamente. Esse sistema de gestão de descarte facilita consideravelmente o trabalho dos profissionais da reciclagem. No entanto, ele é também muito útil para o meio ambiente.
O problema é que como algumas cidades não adotaram esse tipo de gerenciamento, as pessoas não separam os resíduos — ou porque acham que não faz diferença ou por simples ignorância.
Se a sua cidade não adotou a coleta seletiva, por que não fazê-la por conta própria? Neste post, você vai entender o que é e quais os benefícios da segmentação de resíduos:
O que é coleta seletiva?
É o recolhimento e segmentação de resíduos sólidos com potencial para reciclagem, como papel, vidro, metal e plástico. Esse trabalho comumente é feito na fonte geradora. Por exemplo: o cidadão que resolve fazer a coleta seletiva separa, em sua casa, o lixo reciclável do orgânico.
Como dito, esse tipo de segmentação pode ser feita em casa, mas também em condomínios, parques, bairros, shoppings e empresas.
Cada material passa por um tipo de tratamento de reciclagem diferente. Por exemplo: o plástico não é reciclado da mesma forma que o alumínio. Quando os resíduos sólidos são misturados, sua reciclagem se torna mais cara ou mesmo inviável. Além disso, há o problema da contaminação com resíduos úmidos, que podem anular as chances de reciclagem do produto.
Quais são os benefícios da coleta seletiva para o meio ambiente?
Veja por que fazer a coleta seletiva vai ajudar você a ser mais sustentável:
Reciclagem
Por mais simples que seja (por exemplo: a separação de material úmido e seco), a coleta seletiva faz a separação prévia daquilo que pode ou não ser reciclado. Com isso, evita a contaminação de resíduos que podem ser reaproveitados e usados em novos produtos. Consequentemente, a necessidade de produzir novos materiais, como embalagens, diminui.
Sustentabilidade
O planeta precisa parar de produzir lixo. Para se ter uma ideia, o país é o 4º maior produtor de plástico do mundo! Vamos ter uma ideia do quão prejudicial é o problema: o material de uma garrafa PET é muito resistente e durável. Por isso, não se sabe ao certo quanto tempo ele pode demorar para se decompor ao ar livre, mas estima-se que não seja menos de 400 anos.
Como se não bastasse, os brasileiros estão entre os 10 maiores consumidores de refrigerante do mundo. Pior: 49% dessas garrafas não são descartadas corretamente.
Outro exemplo é o vidro. O fato é que ele jamais vai se decompor, porque os micro-organismos não são capazes de comê-lo. É por isso que alguns achados arqueológicos do material datam de 2 mil anos antes de Cristo.
Enchentes
O material descartado incorretamente acaba voltando — e da pior maneira possível. Além de ser uma das principais causas de enchente, já que entope as vias e evita que a água escoe, os rios e mares poluídos transbordam e “devolvem” esse material (muitas vezes, contaminado) para praias e áreas urbanas.
Compostagem
Os orgânicos correspondem a mais da metade dos resíduos sólidos produzidos no Brasil. Quando o cidadão faz a coleta seletiva e não mistura esse material com inorgânicos, pode reaproveitá-lo como adubo ou fertilizante orgânico, que pode ser feito em várias escalas e modelos tecnológicos.
Duas formas mais comuns de reciclá-lo são com compostagem (degradação dos resíduos com presença de oxigênio) e a biodigestão (degradação dos resíduos com ausência de oxigênio). Ambas permitem uma utilização e uma alimentação muito mais saudáveis.
Como visto, a coleta seletiva traz diversos benefícios tanto para os cidadãos quanto para o meio ambiente. Então, veja como esse trabalho é feito nas praias.