O lixo precisa ser separado para haver coleta seletiva, pois os resíduos são classificados de maneira diferente. Mesmo classificações mais simples requerem o isolamento correto entre lixo orgânico e lixo seco. Além disso, a gestão de lixo no interior do condomínio precisa ser coerente com a coleta no município onde está inserido.

Dessa maneira, para um Programa de Gerenciamento de Resíduo Sólido (PGRS) condominial ter sucesso, é necessário que os itens (contentores, lixeiras e contêineres) que compõem o sistema sejam escolhidos de modo correto.

Veja a seguir algumas perguntas a serem respondidas antes de escolher os itens que irão compor a gestão de resíduo em seu condomínio.

1. Qual o sistema de gestão de lixo da sua cidade?

A primeira informação a ser obtida para a escolha dos itens que irão compor sua estratégia de gerenciamento de resíduos é como funciona a coleta em sua cidade. Os municípios brasileiros que têm coleta seletiva disponibilizam cronogramas de coleta ao longo da semana ou espalham Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) pela cidade.

Alguns municípios têm parcerias com cooperativas de reciclagem e há cada vez mais empresas privadas desempenhando essa função. Não é incomum que a coleta seja feita a partir de alguma parceria público-privada. Ou seja, empresas de saneamento são contratadas pela prefeitura para fazer a coleta dos resíduos.

Pesquisas apontam que, embora os brasileiros entendam a importância da reciclagem, mais de 40% do lixo foi parar em destinações incorretas, número semelhante a de países subdesenvolvidos como a Nigéria. A principal razão para isso é a desinformação sobre os materiais recicláveis e como é feita sua coleta.

Verifique no departamento de limpeza urbana do seu município quais os tipos de caminhões que irão realizar a coleta. Existem atualmente dois modelos: traseiros e laterais. Também, o caminhão pode ser capaz de fazer coleta mecanizada ou requerer recolhimento manual.

Essa informação influencia no tipo de contêiner, na localização e na disposição dos mesmos na área do condomínio e na rua. Assim, a estrutura do contêiner e seu local devem ser adequados para os condomínios e ao mesmo tempo facilitar a operacionalização da coleta.

Com base nisso, é possível escolher entre um contêiner lateral ou um de carga traseira. Alguns modelos são passíveis de coleta mecanizada, outros não. Verifique antes da aquisição qual será o caso de seu condomínio. Em alguns casos, mais de um contêiner será necessário para fazer o correto armazenamento dos resíduos.

Outro dado relevante é quanto à existência de cooperativas de catadores de resíduo reciclável em seu município. É possível entrar em contato com essas organizações para fazer parcerias comerciais para o recolhimento dos resíduos em seu condomínio.

2. Que nível de separação precisará ser feito nos resíduos do condomínio?

Depois de saber como é a coleta, é necessário determinar o quão refinada será a separação do lixo seco. Deste modo, se o insumo reciclado for papel, por exemplo, serão necessárias categorizações de acordo com o tipo para que o material possa ser encaminhado à reciclagem.

Neste caso, o uso de papeleiras é recomendável, tanto para ajudar no armazenamento quanto na destinação final do resíduo. Existem diferentes padrões para esses itens.

a) Papeleiras modelo DIN

Essas papeleiras são utilizadas em locais de aglomeração humana, tais como hospitais, condomínios e shopping centers para a destinação de resíduos pequenos (como o seu copo de suco, por exemplo).

b) Papeleiras modelo DINA

Já as de modelo DINA, ainda que semelhantes às DIN, podem ser manejadas mais facilmente. Isso porque contam com uma fechadura traseira que facilita a retirada dos resíduos. São indicadas também para resíduo leve urbano em parques, shoppings, etc.

Há outros tipos de papeleiras que se diferenciam principalmente pelo design. Dependendo do local, pode ser que grandes lixeiras não sejam necessárias. Ou pode ser que não sejam necessárias várias lixeiras diferentes, apenas uma com volume suficiente para a coleta de resíduo que é mais produzido que outro.

É o caso dos coletores de carga traseira, que são indicados para locais onde haja pouco espaço para a disposição de lixeiras. Os modelos que suportam maior volume de resíduos são mais recomendados para os condomínios.

Observe também a qualidade do equipamento. Atualmente, existem certificações, tais como a NBR ISO 9001 que normalizam os padrões para os itens de coleta seletiva. O objetivo desses selos é garantir a segurança do material, trazendo maior confiabilidade e menores taxas de recompra de produtos.

3. Qual o orçamento e o espaço disponíveis para a implantação do PGRS?

Como todo o projeto, o plano de gestão de resíduos está condicionado à disponibilidade de recursos. Antes de decidir pelos modelos de contentores, contêineres e papeleiras, saiba o quanto poderá ser gasto. Além, é claro, de onde os itens serão alocados.

Com isso, você evitará colocar lixeiras desnecessariamente em locais onde há pouco fluxo de pessoas. E, também, subdimensionar a demanda em locais onde há maior concentração de descarte. A distribuição das lixeiras e contentores é importantíssima.

Em algumas situações, pode ser mais adequado ter poucos itens de tamanho grande posicionados em locais estratégicos; em outras, talvez o melhor seja distribuir várias papeleiras menores ao longo do espaço comum. Tudo isso dependerá do perfil do seu condomínio.

Faça as contas e veja o que vale mais a pena, considerando o seu horizonte de possibilidades. Nem sempre o projeto mais caro é o mais adequado, e sim o mais coerente com a sua realidade. Assim, os itens que devem compor sua estratégia de gestão de resíduos são os contentores, papeleiras e contêineres.

Para decidir sobre isso, antes é necessário verificar qual o tipo de coleta é realizado em sua cidade. Importante verificar também quais tipos de caminhões e se eles farão coleta manual ou mecanizada. Ou seja, para uma boa gestão, a conteinerização feita corretamente é indispensável. Quer conhecer mais sobre como funciona o Ciclo de conteinerização? Entre em contato conosco!