SAIBA COMO É A FEITA A RECICLAGEM DO ISOPOR
Utilizado como isolante acústico, protetor de eletrodomésticos e embalagens, preenchimento de urso de pelúcia, entre outras coisas, o isopor – ou poliestireno expandido (EPS) – é presença quase que garantida no dia a dia da população.
MAS, AFINAL, PARA ONDE VAI O MATERIAL APÓS O USO?
A maioria dos brasileiros não sabe onde ou como descartar o isopor, com isso, o descarte é, normalmente, realizado de maneira incorreta, o que ajuda na degradação do meio ambiente e torna o isopor um grande vilão da natureza. O material demora mais de oito anos para se decompor, diminuindo a área útil dos aterros sanitários. Isso significa que, ao contrário do que muitos pensam, o isopor pode e deve ser descartado como outros resíduos sólidos na coleta seletiva como papéis, vidros, metais e plásticos, uma vez que pode ser 100% reciclado.
Em Curitiba já é possível reciclar o isopor, com uma máquina trazida por meio de uma parceria entre a Meiwa, a Santa Luzia Molduras (empresa de Santa Catarina responsável pela máquina), o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Paraná (Sinepe-PR) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba. Com ela, é possível reciclar cerca de 300 toneladas por mês, quantidade que ajuda a salvar cerca de 5 mil árvores. “A matéria-prima substitui a madeira ao ser usada para fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos”, disse Ivam Michaltchuk, gerente de desenvolvimento e mercado da Meiwa.
O gerente também explicou que a maior dificuldade encontrada para fazer a coleta seletiva e reciclar este material está no transporte, devido à baixa densidade e ao grande volume gerado. “É um material leve, mas que ocupa muito espaço, por conter gás pentano em sua composição. A máquina para reciclar o isopor que existe na usina serve justamente para retirar o gás e compactar estes resíduos.”
Após a coleta seletiva, o isopor pode ser reciclado de três formas diferentes. Através de reciclagem mecânica, que transforma o produto em matéria prima para a fabricação de novos produtos; da energética, que usa o poliestireno para a recuperação de energia, devido ao seu alto poder calorífico; e da reciclagem química, que reutiliza o plástico para a fabricação de óleos e gases.
Ao ser queimado em usinas térmicas para a geração de energia, o poliestireno se transforma em gás carbônico e vapor d’água. Por isso, sua fabricação não apresenta nenhum risco à saúde humana nem ao meio ambiente. O isopor não é solúvel em água, não contamina alimentos, não causa danos à camada de ozônio, pois não contém gás clorofluorcarbono, e o seu processo de fabricação consome pouca energia.
Agora que você já sabe como funciona o processo de reciclagem do isopor e como deve ser feito o seu descarte correto na coleta seletiva, basta fazer a sua parte e ajudar o meio ambiente.
Fonte: Setor Reciclagem, Pensamento Verde