O que é coleta seletiva de resíduos sólidos?
Nós produzimos muito lixo diariamente. Segundo pesquisa da WWF Brasil, o País é o quarto maior produtor de resíduos plásticos no mundo. Por isso, é essencial contar com iniciativas que não só possam diminuir, mas também transformar essa produção em algo útil, como a reciclagem. A coleta seletiva de resíduos sólidos é extramente importante para que isso aconteça.
Muito se fala sobre o que é coleta seletiva, mas nem todas as empresas a colocam em prática. Esse tipo de descarte de lixo auxilia o trabalho dos coletores, além de evitar contaminação por resíduos orgânicos e líquidos contaminantes.
Neste post, vamos entender o que é coleta seletiva e como você pode colocá-la em prática com seus resíduos sólidos. Confira.
O que são resíduos sólidos?
Antes de saber o que é coleta seletiva de resíduos sólidos, você precisa entender o que são esses resíduos.
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12305, de agosto de 2010), um resíduo sólido é um material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade. Enquadram-se também os itens semissólidos, os gases contidos em recipientes e os líquidos que não podem ser lançados na rede pública de esgotos ou em corpos d’água.
Existem resíduos sólidos orgânicos, ou seja, compostos gerados de material animal ou vegetal. Cascas de frutas e restos de alimentos são os mais conhecidos. Quando não descartados corretamente, esse lixo se transforma em chorume. Além do odor desagradável, o líquido também atrai baratas e escorpiões.
Já resíduos sólidos inorgânicos são papéis de escritório, garrafas, itens de plástico e demais materiais do nosso dia a dia que podem ser reciclados quando já não têm mais serventia.
O que é a coleta seletiva de resíduos sólidos?
É a retirada dos resíduos sólidos que foram previamente separados segundo sua composição. Isso significa que, além de dividir entre orgânicos e inorgânicos, é essencial separar pelos tipos de materiais: vidro, papel, alumínio e até eletrônicos, como pilhas e celulares.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a implantação da coleta seletiva é obrigação dos municípios. Mas se você é gestor de uma empresa, pode fazê-la por meio da aquisição de papeleiras ou contentores específicos para cada tipo de lixo.
Além disso, dependendo da quantidade de resíduos produzidos no seu ambiente de trabalho, a contratação de uma empresa coletora é obrigatória.
Por que separar os resíduos sólidos?
Cada material descartado tem um processo próprio para a transformação em um novo produto. Então, quando os sólidos são misturados, sua reutilização pode se tornar inviável. O processo industrial de reciclagem de um objeto alumínio, por exemplo, não é o mesmo do papel ou do vidro.
Além disso, é importante entender que nem todos os papéis podem ser reciclados. Adesivos, etiquetas, papel higiênico, fita crepe, papel carbono e toalha, fotografias, guardanapos engordurados, metalizados, parafinados ou plastificados serão totalmente descartados.
Então, imagine que, além de separar os diferentes tipos de materiais, é necessário também separar o que pode ou não ser reciclado.
Por fim, o mais importante: por causa sua alta capacidade de decomposição e da produção de chorume, os resíduos sólidos orgânicos podem contaminar os inorgânicos, atraindo de micro-organismos patológicos a animais.
O que a coleta seletiva faz com resíduos orgânicos?
Os resíduos orgânicos representam 50% do lixo produzido no Brasil. Quando não entram em contato com os inorgânicos, eles podem se transformar em adubo ou fertilizante.
Esse trabalho pode ser feito em várias escalas: doméstica, comunitária e industrial. Só depende da quantidade de resíduos que sua empresa produz.
Como você viu, a coleta seletiva de resíduos sólidos é essencial para empresas que desejam ser sustentáveis. Além disso, auxilia o trabalho de trabalhadores da reciclagem, diminuem a contaminação do que pode ser reutilizado e ajuda da produção de adubo. Portanto, não deixe de adotá-lo na sua empresa.